O ouro está na escuridão.

Você prefere ser "pop", agradar todo mundo para ser aceito, ou ser você mesmo? Quando conta sobre você, escolhe a parte boa da sua história de vida, ou a parte ruim? Será que dá conta de ficar com as duas? Além dessa frase que foi no post de hoje: "o ouro está na escuridão", o Jung, pai da psicologia analítica, também têm outras pérolas, algo como: "prefiro ser inteiro que ser bom". No próximo post vou trazer um poema lindo do Fernando Pessoa que fala sobre ser inteiro. Pelo andar da carruagem, não vai caber aqui. 😐

Mas, voltando ao Jung, eureka! Imagina quanta coisa boa posso fazer com minhas partes escuras! Desde que virei garimpeira de mim mesmo, ando encontrando cada preciosidade...Só que nem sempre foi assim. Sabe quando compreendi melhor tudo isso? Quando descobri que aquela coisa meio manca em mim, vinha da vergonha que eu tinha de algumas partes que considerava "ruins". Isto é, eu excluía boa parte da minha escuridão e olha que tinha muita coisa ali...Depois que tive coragem de olhar para a minha história e recolher tudo o que não havia considerado bom, aquelas partes que a gente vai colocando debaixo do tapete, é que compreendi melhor o que era trabalhar com as próprias sombras.

Resultado: descobri tanta força, mas tanta força, naqueles pedaços que estavam faltando no meu repertório, que o medo e a vergonha sumiram. No lugar deles, muito mais inteireza, ouro, luz! De garimpeira, acabei me tornando uma ourives de mão cheia! Entre a luz e a sombra hoje, fico com as duas! Faço cada limonada suíça com meus limões, que é uma maravilha!

E você, já fez reluzir ouro da sua escuridão?

Cíntia Melo